In your brown eyes

Ela entrou no salão de festa, todos os olhares se desviaram para ela. Ela sabia que havia várias pessoas que a seguiam com os olhos, mas nenhuma delas a incomodava. Conhecia-as, uma por uma. O que ela não sabia era que uma parte delas também a conheciam, melhor do que ela alguma vez imaginara.

O que é que se passa? Nada.

Mesmo depois de ter passado quase o dia inteiro a chorar, sem conseguir fazer algo que não me lembrasse do quão feliz eu tinha sido. Tu chegas e olhas para mim, reparas nos meus olhos inchados e vermelhos de tanto chorar, e na tua maior inocência perguntas: Está tudo bem contigo? Eu minto com todas as forças e digo que sim. Mas a imagem da pessoa parada à tua frente diz-te precisamente o contrário, insistes: Passa-se alguma coisa? Desta vez tudo o que ganhas é um fraco aceno com a cabeça em sinal de não. A tua teimosia parece não me querer deixar levar a melhor e voltas a perguntar: Passa-se alguma coisa comigo? Connosco?

E com essa pergunta, acabaste de bater no fundo. Solto toda a raiva e ódio que tenho na minha alma e respondo: Nada. Não se passa nada. Nunca se passou nada e nunca se irá passar. Respondes Ainda bem, viras costas e afastas-te. Mais uma vez, claramente não percebeste.

The Same Old Story

li esta história, já conheço o seu final. Já vi todas as cenas até agora, não vale a pena continuar a virar as páginas. Deixar de virá-las parece-me o mais acertado, assim poderia imaginar o meu próprio final feliz e era escusado sofrer novamente com um final que não me agrada definitivamente.
Estou farta destes romances sádicos, será que as personagens principais se divertem mesmo com isto? Um ' isto ' que nem chega a ser um romance, é apenas mais um livro cheio de mentiras no qual as personagens decidem brincar umas com as outras.


Não é justo para esta borboleta que a apanhes, brinques com ela e que depois a queiras soltar como se nada tivesse acontecido, como se nunca a tivesses apanhado. Deste-lhe vida, quem te disse que isso te dá o direito de a tirar agora? Para além disso, as asas da borboleta estão partidas e tu sabes bem que asas partidas não voam.
Mas tudo o que ela quer é voar para longe, ficar contigo já não lhe parece bem. Então decides que a borboleta não te vai fazer perder mais o teu tão precioso tempo. Vê-la usar o seu último fôlego para pedir ajuda. Por favor, alguém que me dê a mão e que me ensine a voar de novo. Por favor, alguém que me venha salvar. Ninguém aparece. A pobre borboleta jaz no chão por debaixo daquele tronco de onde tu a empurraste.
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