A mensagem ainda nem tinha sido entregue e já eu tinha virado costas. Caminhava, quase corria, num sentido contrário ao teu. E enquanto tudo isso acontecia, pensava no quanto aquilo era difícil para mim. Mas era o que tinha de ser feito, precisava de limpar a minha consciência. Não consigo ser um fardo para ti, não quero e no entanto é isso que sou, é assim que me sinto. A tua vida não pára com o meu desaparecimento, muito pelo contrário, continua em frente como se nada fosse. Já a minha é muito mais complicado... Já fazes parte dela, não quero nem vou conseguir viver sem ti.
Talvez não tenhas escolhido dizer as coisas que disseste, talvez me queiras, talvez até me ames, talvez eu tenha sido injusta contigo. Seguro as lágrimas nos meus olhos e volto para trás. Sinto que toda a gente me olha como se eu não fosse normal, como se nunca tivessem visto alguém como eu. Não, estou a ser convencida, elas não estão a olhar para mim. Ninguém repara na minha presença. Do outro lado do corredor, um grupo de homens mete-se comigo. Não quero saber, agora só tenho uma coisa na cabeça. Uma direcção, um sentido, um rumo, um destino. Estou quase lá. Continuo a passar por entre as pessoas rapidamente, tentando fazer com que a expressão estampada no meu rosto não seja percebida.
Finalmente, chego ao local onde te deixei, onde virei costas. Já não estás lá, foste substituído por um casal de velhotes que ali se resolveu sentar. Não correste atrás de mim, não ligaste, não perguntaste. Porque é que isso não me admira? De repente, fico sem rumo, sem um destino, sem saber para onde ir. Enquanto me dirijo para a saída mais próxima, uma das lágrimas não se consegue conter e escorre-me pela face. Seco-a com a minha mão. Não posso chorar.
Talvez não tenhas escolhido dizer as coisas que disseste, talvez me queiras, talvez até me ames, talvez eu tenha sido injusta contigo. Seguro as lágrimas nos meus olhos e volto para trás. Sinto que toda a gente me olha como se eu não fosse normal, como se nunca tivessem visto alguém como eu. Não, estou a ser convencida, elas não estão a olhar para mim. Ninguém repara na minha presença. Do outro lado do corredor, um grupo de homens mete-se comigo. Não quero saber, agora só tenho uma coisa na cabeça. Uma direcção, um sentido, um rumo, um destino. Estou quase lá. Continuo a passar por entre as pessoas rapidamente, tentando fazer com que a expressão estampada no meu rosto não seja percebida.
Finalmente, chego ao local onde te deixei, onde virei costas. Já não estás lá, foste substituído por um casal de velhotes que ali se resolveu sentar. Não correste atrás de mim, não ligaste, não perguntaste. Porque é que isso não me admira? De repente, fico sem rumo, sem um destino, sem saber para onde ir. Enquanto me dirijo para a saída mais próxima, uma das lágrimas não se consegue conter e escorre-me pela face. Seco-a com a minha mão. Não posso chorar.