Este texto era para ser triste, era para ser como o adeus que tu não disseste. Mas quando o comecei a escrever e as lágrimas mais uma vez começaram a deslizar pela minha face, decidi que não o ia fazer. Então, voltei atrás e apaguei tudo, tal e qual como gostava de fazer aos meus sentimentos por ti.
Talvez apagasse os sentimentos e também as recordações boas e as más. As boas para não sofrer ao saber que já não te tenho e as más para não sofrer vezes infinitas com aquilo que me fizeste durante este tempo todo. Quero apagar tudo. Não quero sentir amor, ódio nem rancor. Quero que me sejas indiferente, como me mostraste que eu era para ti.
Ontem as tuas mentiras destruíram o nosso futuro lar mais uma vez, hoje a tua indiferença e falta de arrependimento destroem-me a mim. Mas não há problema nenhum, porque eu vou-me construir de novo. Ah, pois é! Porque se há coisa que eu aprendi contigo é a ter forças e a levantar-me do chão sem a ajuda de ninguém.
Mas hoje tive um pequeno empurrãozinho. Afinal tenho pessoas que se preocupam comigo, me querem ver bem e não me atiram à cara os erros que eu cometi que levaram a que tu cometesses os teus. Como é que ele disse mesmo? Ah, já me lembro: "Podes não ter sido a pessoa mais correcta do mundo, mas ele foi mesmo um cabrão."
Obrigada meu irmão.