Um dia, ia eu no meu caminho para casa quando conheci um cão rafeiro. Demo-nos logo muito bem, depressa nos tornámos grandes amigos. A nossa relação crescia de dia para dia, parecia que já nos conhecíamos há imenso tempo. Cheguei ao ponto de já não conseguir imaginar a minha vida sem esse cão. Sabia que ele sentia o mesmo em relação a mim.
Mas o pobre cão começou a mudar, começou a ficar estranho, rebelde. Já não queria a companhia da humana que durante tanto tempo o tinha acompanhado e resolveu que já não precisava dela, tinha encontrado pessoas melhores. Então um dia, resolvi partir.
Não sabia para onde iria, tinha a certeza de que algo melhor haveria de encontrar no caminho. Segui em frente, tropecei em rochas e em rochedos, mas de todas as vezes me levantei e arranjei forças para continuar a caminhar. Num belo dia, algures no meio desse caminho, conheci um Husky lindo.
Sabia que nunca iria gostar desse Husky tanto quanto gostava do cão rafeiro, mas resolvi tentar. A nossa relação desenrolou-se melhor do que estava à espera. E uma vez, estava eu a descansar ao lado desse cão tão poderoso. Quando ouvi um ganir vindo do fundo do caminho, aquele que eu tinha resolvido seguir em frente. Depressa me apercebi que era o cão rafeiro quem gania. Tinha percebido a asneira que cometera ao mandar-me embora e estava agora a pedir perdão.
Expliquei a situação ao tão belo Husky, penso que ele até hoje ainda não compreendeu a minha situação, mas eu tinha de voltar para trás. O rafeiro que eu tanto amava ansiava por mim. Ao chegar perto dele, por momentos ainda pensei que tudo pudesse voltar a ser como era antes de tudo aquilo acontecer, mas o rafeiro voltou a aperceber-se que se calhar não precisava assim tanto de mim. Mais uma vez, resolvi partir!
Ia eu no meu caminho de sempre, acabada de enfrentar a realidade em que vivia, quando me deparei com um lobo selvagem. Olhei nos seus olhos e percebi que ele precisava muito de mim, resolvi ficar com ele. A nossa relação desenvolveu-se a olhos vistos! Era difícil estarmos um sem o outro. Todas aquelas noites de lua cheia passadas ao seu lado, vendo-o uivar pareciam simplesmente perfeitas.
Mais uma vez, comecei a ouvir o ganir desesperado do cão rafeiro. Que quereria ele agora? Entendi quando ele disse que queria que eu voltasse atrás, que voltasse para ele. Mas aquele cão já me tinha enganado tantas outras vezes, porque seria diferente desta vez?
Os dias passaram, e aquele assunto continuava sem me sair da cabeça. Acho que precisava de desabafar, então contei ao lobo o que realmente se passava. Ele entendeu tudo ao contrário, pensou que eu queria voltar para o meu rafeiro. Talvez até quisesse, mas sabia que desta vez não o podia fazer. O lobinho selvagem deixou de me prestar atenção, agia como se eu não vivesse no mesmo sítio que ele, como se eu tivesse deixado de existir.
Então, numa bela manhã de sábado resolvi partir em direcção ao meu passado, tinha medo do que mais poderia encontrar se tivesse continuado em frente no meu caminho. Sabia que não podia voltar de novo para o cão rafeiro, por muito que ele implorasse.
Estava já tão cansada e tão fraca. As minhas pernas tremiam, temia nunca mais voltar a curar-me da tal doença que era o amor. Não tinha forças para continuar a andar, doía-me todo o corpo, doía-me o coração de ter amado tão desesperadamente. Resolvi então deitar-me em cima de um desses rochedos que antes me tinha feito tropeçar e cair. Fechei os meus olhos, respirei calmamente, sem pressas. Abri-os e olhei para o céu, reparei que o sol tinha-se ido embora há muito tempo atrás e que ameaçava nunca mais voltar. Fechei os meus olhos de novo, desta vez sabia que podia estar em paz. Sabia que podia descansar sem que ninguém se metesse no meu caminho, nunca mais.
Mas o pobre cão começou a mudar, começou a ficar estranho, rebelde. Já não queria a companhia da humana que durante tanto tempo o tinha acompanhado e resolveu que já não precisava dela, tinha encontrado pessoas melhores. Então um dia, resolvi partir.
Não sabia para onde iria, tinha a certeza de que algo melhor haveria de encontrar no caminho. Segui em frente, tropecei em rochas e em rochedos, mas de todas as vezes me levantei e arranjei forças para continuar a caminhar. Num belo dia, algures no meio desse caminho, conheci um Husky lindo.
Sabia que nunca iria gostar desse Husky tanto quanto gostava do cão rafeiro, mas resolvi tentar. A nossa relação desenrolou-se melhor do que estava à espera. E uma vez, estava eu a descansar ao lado desse cão tão poderoso. Quando ouvi um ganir vindo do fundo do caminho, aquele que eu tinha resolvido seguir em frente. Depressa me apercebi que era o cão rafeiro quem gania. Tinha percebido a asneira que cometera ao mandar-me embora e estava agora a pedir perdão.
Expliquei a situação ao tão belo Husky, penso que ele até hoje ainda não compreendeu a minha situação, mas eu tinha de voltar para trás. O rafeiro que eu tanto amava ansiava por mim. Ao chegar perto dele, por momentos ainda pensei que tudo pudesse voltar a ser como era antes de tudo aquilo acontecer, mas o rafeiro voltou a aperceber-se que se calhar não precisava assim tanto de mim. Mais uma vez, resolvi partir!
Ia eu no meu caminho de sempre, acabada de enfrentar a realidade em que vivia, quando me deparei com um lobo selvagem. Olhei nos seus olhos e percebi que ele precisava muito de mim, resolvi ficar com ele. A nossa relação desenvolveu-se a olhos vistos! Era difícil estarmos um sem o outro. Todas aquelas noites de lua cheia passadas ao seu lado, vendo-o uivar pareciam simplesmente perfeitas.
Mais uma vez, comecei a ouvir o ganir desesperado do cão rafeiro. Que quereria ele agora? Entendi quando ele disse que queria que eu voltasse atrás, que voltasse para ele. Mas aquele cão já me tinha enganado tantas outras vezes, porque seria diferente desta vez?
Os dias passaram, e aquele assunto continuava sem me sair da cabeça. Acho que precisava de desabafar, então contei ao lobo o que realmente se passava. Ele entendeu tudo ao contrário, pensou que eu queria voltar para o meu rafeiro. Talvez até quisesse, mas sabia que desta vez não o podia fazer. O lobinho selvagem deixou de me prestar atenção, agia como se eu não vivesse no mesmo sítio que ele, como se eu tivesse deixado de existir.
Então, numa bela manhã de sábado resolvi partir em direcção ao meu passado, tinha medo do que mais poderia encontrar se tivesse continuado em frente no meu caminho. Sabia que não podia voltar de novo para o cão rafeiro, por muito que ele implorasse.
Estava já tão cansada e tão fraca. As minhas pernas tremiam, temia nunca mais voltar a curar-me da tal doença que era o amor. Não tinha forças para continuar a andar, doía-me todo o corpo, doía-me o coração de ter amado tão desesperadamente. Resolvi então deitar-me em cima de um desses rochedos que antes me tinha feito tropeçar e cair. Fechei os meus olhos, respirei calmamente, sem pressas. Abri-os e olhei para o céu, reparei que o sol tinha-se ido embora há muito tempo atrás e que ameaçava nunca mais voltar. Fechei os meus olhos de novo, desta vez sabia que podia estar em paz. Sabia que podia descansar sem que ninguém se metesse no meu caminho, nunca mais.
1 comentários:
OMG Tu escreves tão bem! Quem me dera *.*
E enquanto li este texto revi a minha história. Não sei como chegaste ao meu blog, mas acredito que foi o destino! xD
É que a tua história é mesmo mesmo igual à minha! Sem tirar uma vírgula! Os teus textos são lindos e puseste-me à beira das lágrimas! Mas vamos as duas enfrentar o passado, vamos as duas esquecer o "cão rafeiro" e procurar um novo "lobo selvagem". Vamos! Dás.m a mão nesta viagem?
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