Sete horas da tarde e já nada se via, só as sombras dos nossos corpos de mãos dadas projectadas no chão. A única luz que nos iluminava era a dos candeeiros de rua existentes no caminho pelo qual passávamos. Tinha estado a chover toda a tarde e só agora tinha parado. Estava frio e nem o meu casaco novo ou o calor do teu corpo encostado ao meu me conseguia aquecer. O vento fazia voar o meu cabelo e deixava o meu pescoço a descoberto deixando-me ainda mais exposta à ventania que se estava a levantar por aquela altura.
As tuas mãos estavam geladas, ao contrário dos teus braços e do resto do teu corpo. Pareces um vampiro. Estavas constipado e quando te perguntei se tinhas frio, disseste que não. Estou bem assim. Continuámos a andar, sempre na mesma direcção, até que os candeeiros falharam e as luzes se apagaram.
Já não sentia os teus dedos entrelaçados nos meus, não sentia a tua mão gelada contra a minha. Já não te sentia. Tentei alcançar o teu corpo, mas já não estavas lá. Olhei para o chão e as nossas sombras tinham desaparecido. Normal, não havia luz. Gritei por ti, mas não me ouviste. Gritei de novo, e gritei outra vez. Gritei até ficar sem voz, mas já não estavas por perto.
A luz voltou, mas quando olhei para o chão, vi apenas a minha sombra. A tua já não me acompanhava. Tudo o que restava da tua presença era o cheiro do teu perfume no ar e na minha roupa. Nada podia fazer sem ser seguir em frente. Continuei então a andar sem nunca olhar para trás, porque o caminho ainda era longo. E sem ti, ainda mais.
As tuas mãos estavam geladas, ao contrário dos teus braços e do resto do teu corpo. Pareces um vampiro. Estavas constipado e quando te perguntei se tinhas frio, disseste que não. Estou bem assim. Continuámos a andar, sempre na mesma direcção, até que os candeeiros falharam e as luzes se apagaram.
Já não sentia os teus dedos entrelaçados nos meus, não sentia a tua mão gelada contra a minha. Já não te sentia. Tentei alcançar o teu corpo, mas já não estavas lá. Olhei para o chão e as nossas sombras tinham desaparecido. Normal, não havia luz. Gritei por ti, mas não me ouviste. Gritei de novo, e gritei outra vez. Gritei até ficar sem voz, mas já não estavas por perto.
A luz voltou, mas quando olhei para o chão, vi apenas a minha sombra. A tua já não me acompanhava. Tudo o que restava da tua presença era o cheiro do teu perfume no ar e na minha roupa. Nada podia fazer sem ser seguir em frente. Continuei então a andar sem nunca olhar para trás, porque o caminho ainda era longo. E sem ti, ainda mais.
2 comentários:
continuar a caminhar é sempre a melhor opção ainda que a mais dolorosa. :)
É sempre dificil continuar sem olhar para trás :|
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